Quality of follow-up of women with high grade squamous intra-epithelial lesion (HGSIL) cervical smears: results from a population-based organised screening programme

Preditores de não aderência ao seguimento preconizado para mulheres com lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)

O câncer de colo uterino é um tumor de natureza multifatorial que persiste como um importante problema de saúde pública. Aderência à linha de cuidado é fator associado ao controle desse câncer. O objetivo deste estudo foi avaliar fatores associados à "Não aderência" ao seguimento preconizado para mulheres com lesão intraepitelial de alto grau (HSIL), atendidas em um serviço de saúde da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Este estudo do tipo coorte retrospectivo incluiu mulheres rastreadas por citologia, matriculadas entre 01/01/2002 e 31/12/2005 e submetidas à colposcopia. A coleta de dados terminou em 31/12/07. Foram revisados 1496 prontuários e identificadas 641 mulheres elegíveis com diagnóstico de HSIL obtido por excisão da zona de transformação do colo uterino. Após a aplicação dos critérios de exclusão, a população de estudo foi constituída por 537 (84%) mulheres, classificadas em dois grupos: "não aderentes" (29,4%), que abandonaram o seguimento, e "aderentes" (70,6%), que permaneceram no seguimento até a alta. A análise estatística foi realizada pelo teste do qui-quadrado, teste t e regressão logística. O modelo final incluiu as variáveis: ser fumante (OR 1,72), dona de casa (OR 1,56), ter realizado o exame com o uso do vídeo-colposcópio (OR 1,80), idade (OR 0,97) e antecedente de três ou mais gestações (OR 0,49). O estudo revelou um perfil de vulnerabilidade apontando para determinantes de ordem individual e organizacional. Estratégias para melhorar a aderência ao seguimento devem contemplar medidas dirigidas a fatores modificáveis do estilo de vida, como o tabagismo, e estruturais característicos dos serviços de saúde da região.

High-resolution anoscopy targeted surgical destruction of anal high-grade squamous intraepithelial lesions: a ten-year experience

PURPOSE

This study was designed to determine whether high-resolution anoscopy and targeted surgical destruction of anal high-grade squamous intraepithelial lesions is effective in controlling high-grade squamous intraepithelial lesions while preserving normal tissues.

METHODS

Retrospective review of 246 patients with high-grade squamous intraepithelial lesions treated with high-resolution anoscopy-targeted surgical destruction from 1996 to 2006, with at least one follow-up at a minimum two months with physical examination, high-resolution anoscopy, cytology, and biopsy when indicated.

RESULTS

Lesions were extensive in 197 patients (81 percent); 207 (84 percent) were men, and 194 (79 percent) were immunocompromised (HIV or other). Persistent disease occurred in 46 patients (18.7 percent), requiring planned staged therapy; 10 required surgery. Recurrent high-grade squamous intraepithelial lesions occurred in 114 patients (57 percent) at an average 19 (range, 3-92) months; 26 of these required surgery. All other patients were retreated in-office with high-resolution anoscopy-directed therapies. Complications were seen in nine patients (4 percent). Despite treatment, three patients progressed to invasive cancer (1.2 percent). At their last visit, 192 patients (78 percent) had no evidence of high-grade squamous intraepithelial lesions.

CONCLUSIONS

High-resolution anoscopy-targeted destruction combined with office-based surveillance and therapy is effective in controlling high-grade squamous intraepithelial lesions and is superior to reports of expectant management or traditional mapping procedures.