1
|
KLEIST K, FAUST E, SCHUERMANN C. [Further clinical-catamnestic studies on hebephrenia. Part 2. Diagnostic errors in hebephrenia]. Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci 1960; 200:653-89. [PMID: 13856020 DOI: 10.1007/bf00341889] [Citation(s) in RCA: 2] [Impact Index Per Article: 0.0] [Reference Citation Analysis] [Key Words] [MESH Headings] [Track Full Text] [Journal Information] [Submit a Manuscript] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 10/26/2022]
|
2
|
SILVEIRA A. [Characterization of cerebral pathology, psychopathology & psychiatric heredobiology in Kleist's doctrine]. ARQUIVOS DE NEURO-PSIQUIATRIA 1959; 17:102-42. [PMID: 13670835 DOI: 10.1590/s0004-282x1959000200002] [Citation(s) in RCA: 2] [Impact Index Per Article: 0.0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Key Words] [MESH Headings] [Track Full Text] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/21/2022]
Abstract
O ano de 1959 assinala três datas especiais em uma das mais férteis carreiras científicas: completa 80 anos Karl Kleist, nascido em Mülhausen, na Alsácia, a 31 de janeiro de 1879, que comemora o jubileu de venia legendi (1909); e há um quarto de século veio à luz a Gehirnpathologie (1934), que marca a nova era da fisiopatologia cerebral. A construção doutrinária de Kleist combina e aperfeiçoa as diretrizes isoladas de Meynert, de Wernicke e de Kraepelin. Constitui nela uma constante a união da psicopatologia à patologia cerebral; e a pesquisa no domínio clínico se norteia pela patogenia, pela heredologia e pela catamnese sistemática. Na própria patogênese - tanto dos quadros clínicos como dos sintomas - há a considerar a diferente participação do tronco cerebral e da corticalidade. E aqui, a seu turno, é preciso distinguir as funções que dependem de regiões posteriores. Assim, descreveu Kleist, respectivamente, os distúrbios agramáticos e os paragramáticos, os alógicos e os paralógicos, em analogia com os afásicos e os parafásicos. Demonstrou pela primeira vez, em 1905, a existência da afasia de condução e isolou dois novos tipos de apraxia: a apraxia segmentar e a apraxia de construção. Outros quadros psicopatológicos descritos por êle também se tornaram clássicos: a carência de iniciativa, a apraxia de iniciativa, a apraxia de ação coordenada (Handlungsfolge), a cegueira espacial (Ortsblindheit), a agnosia cromática - que depende da noção abstrata de côr e nada tem a ver com o daltonismo - e ainda os quadros psiquiátricos cíngulo-orbitários. Divide a esfera da personalidade em diversos estratos de grande relevância clínico-localizatória (quadro 1). A carta localizatória - plano estrutural e funcional do cérebro - ultrapassa a qualquer empreendimento análogo, tanto pela análise penetrante quanto pela adaptação à realidade clínica (figs. 1 e 2). Sobreleva notar aí que Kleist separa determinadas funções dentro do mesmo campo arquitetônico, fato êste cuja veracidade pudemos comprovar em uma observação anátomo-clínica (fig. 3). Outros aspectos desta carta dinâmica podem ser verificados experimentalmente, segundo entendemos, no cérebro de primatas (figs. 4, 5 e 6). Na clínica, a contribuição de Kleist nada ficou a dever à própria patologia cerebral. Além de descrever psicoses particulares como a "paranóia de involução" e a "psicose de pânico", psicógena, e de discutir a patogenia das "psicoses pós-operatórias" e das "psicoses gripais", descreveu e estudou exaustivamente, secundado por seus colaboradores, dois grandes grupos mórbidos : as diferentes formas de esquizofrenia e as psicoses degenerativas. Os quadros esquizofrênicos constituem tipos autônomos, que se caracterizam pelo distúrbio de sistemas cerebrais (quadro 2). As psicoses degenerativas são também endógenas, porém por tendências latentes (quadro 3) e têm que ser diferençadas tanto das esquizofrenias quanto do grupo maníaco-depressivo. Extensas e exaustivas revisões catamnésticas atestam a realidade clínica dêstes dois vastos grupos de psicoses.
Collapse
|
3
|
SILVEIRA A. [Schizophrenia & Kleist's degenerative differential pathogenesis & psychopathology]. ARQUIVOS DE NEURO-PSIQUIATRIA 1959; 17:143-62. [PMID: 13670836 DOI: 10.1590/s0004-282x1959000200003] [Citation(s) in RCA: 2] [Impact Index Per Article: 0.0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Key Words] [MESH Headings] [Track Full Text] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/21/2022]
Abstract
Impõe-se o diagnóstico diferencial das formas esquizofrênicas entre si e para com numerosas doenças hoje confundidas com elas. Entre estas sobre-leva considerar as psicoses endógenas benignas, de Kleist, as quais têm sido em geral diagnosticadas como esquizofrenia. Kleist distingue na esquizofrenia 25 formas autônomas, para o que se baseia em rigoroso critério ao mesmo tempo patogênico, psicopatológico, heredológico-evolutivo. Tais divisões foram confirmadas por amplas revisões catamnésticas em base genética após cinco anos de decurso, no mínimo. Tanto na fase inicial (quadro 1) quanto na presente (quadro 3) a sistemática se fundamenta na concepção de sistemas cerebrais. É a participação predominante dos diferentes sistemas, no âmbito das várias esferas psíquicas, o que imprime o colorido clínico principal aos quadros mórbidos. Êstes constituem assim (quadro 2) formas sistemáticas e assistemáticas. As psicoses endógenas benignas, descritas por Kleist (quadros 4 e 5) obedecem a dinamismos patogênicos precisos e também envolvem sistemas cerebrais distintos, que são os que lhes imprimem o característico clínico. Os fatôres fundamentais são as tendências genéticas, não manifestas como nas psicoses endógenas constitucionais, mas latentes. Por isso Kleist as cognominava de início degenerativas, atípicas, e marginais às endógenas comuns; acreditamos poder chamá-las diatéticas, como designação geral, uma vez que o conceito de diátese corresponde a tendências genéticas latentes. Algumas formas têm decurso cíclico ou por fases; outras ocorrem como surtos esporádicos ou episódicos. No quadro 6 procuramos distribuir as formas diatéticas e as formas esquizofrênicas segundo as esferas e os sistemas cerebrais envolvidos em comum. Cremos que é o dinamismo patogênico, em ambos os casos, o que leva à confusão diagnóstica, quando o psiquiatra não o toma em devida conta.
Collapse
|