Limiar de variabilidade da freqüência cardíaca em adolecentes obesos e não-obesos

Modulação autonômica durante o exercício incremental com membros superiores em indivíduos com lesão medular

Indivíduos com lesão medular (LM) possuem alterações na regulação autonômica em repouso, o que poderia afetar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) durante o exercício. O objetivo do presente estudo foi comparar o limiar de VFC (LVFC) entre um grupo com LM e dois grupos controle sem LM. Participaram deste estudo 24 homens, sendo sete com LM (24,8 ± 2,0 anos, 76,5 ± 6,9kg, 176,3 ± 1,9cm), oito sem LM sedentários (CONSED) (24,1 ± 1,8 anos, 75,1 ± 3,6kg, 176,3 ± 3,0cm) e nove sem LM atletas (CONTRE) (22,6 ± 1,4 anos, 73,8 ± 5,3kg, 175,6 ± 2,5cm). Os participantes foram submetidos a um teste incremental em cicloergômetro de MS (17,2W/dois minutos) até a exaustão. O índice SD1 da VFC foi medido a cada estágio, sendo o LVFC identificado na primeira carga em que o valor de SD1 foi inferior a 3ms (LVFC3ms) e o primeiro estágio em que a diferença entre o SD1 de dois estágios consecutivos foi inferior a 1ms (LVFC1ms). O SD1, tanto em repouso quanto a 30% da Wmax, foi maior (p < 0,05) no grupo CONSED (45,8 ± 6,8ms) do que o grupo CONTRE (19,5 ± 4,4ms), mas nenhum deles foi diferente (p > 0,05) do grupo LM (25,8 ± 4,5ms). O LVFC3ms expresso em valores absolutos e relativos a carga e a frequência cardíaca máxima não foi diferente entre os grupos. No entanto, a carga do LVFC1msno grupo CONTRE (68,8 ± 8,3W) foi significante maior (p < 0,05) do que no grupo LM (21,5 ± 4,3W), mas ambos não foram diferentes do grupo CONSED (41,3 ± 8,7W). Esses resultados sugerem alterações no controle autonômico durante o exercício no grupo com LM, com tendência a retirada parassimpática precoce durante o exercício incremental.

Noninvasive method to estimate anaerobic threshold in individuals with type 2 diabetes

BACKGROUND

While several studies have identified the anaerobic threshold (AT) through the responses of blood lactate, ventilation and blood glucose others have suggested the response of the heart rate variability (HRV) as a method to identify the AT in young healthy individuals. However, the validity of HRV in estimating the lactate threshold (LT) and ventilatory threshold (VT) for individuals with type 2 diabetes (T2D) has not been investigated yet.

AIM

To analyze the possibility of identifying the heart rate variability threshold (HRVT) by considering the responses of parasympathetic indicators during incremental exercise test in type 2 diabetics subjects (T2D) and non diabetics individuals (ND).

METHODS

Nine T2D (55.6 ± 5.7 years, 83.4 ± 26.6 kg, 30.9 ± 5.2 kg.m2(-1)) and ten ND (50.8 ± 5.1 years, 76.2 ± 14.3 kg, 26.5 ± 3.8 kg.m2(-1)) underwent to an incremental exercise test (IT) on a cycle ergometer. Heart rate (HR), rate of perceived exertion (RPE), blood lactate and expired gas concentrations were measured at the end of each stage. HRVT was identified through the responses of root mean square successive difference between adjacent R-R intervals (RMSSD) and standard deviation of instantaneous beat-to-beat R-R interval variability (SD1) by considering the last 60 s of each incremental stage, and were known as HRVT by RMSSD and SD1 (HRVT-RMSSD and HRVT-SD1), respectively.

RESULTS

No differences were observed within groups for the exercise intensities corresponding to LT, VT, HRVT-RMSSD and HHVT-SD1. Furthermore, a strong relationship were verified among the studied parameters both for T2D (r = 0.68 to 0.87) and ND (r = 0.91 to 0.98) and the Bland & Altman technique confirmed the agreement among them.

CONCLUSION

The HRVT identification by the proposed autonomic indicators (SD1 and RMSSD) were demonstrated to be valid to estimate the LT and VT for both T2D and ND.