Mesquita Araújo Nogueira Bastos SN, Freire Barbosa BL, Silva SF, Krymchantowski AG, Jevoux C, Krymchantowski A, Silva-Néto RP. Cefaleia em Salvas em Crianças e Adolescentes: Uma revisão sistemática de relatos de casos.
Dev Med Child Neurol 2021;
63. [PMID:
34031882 DOI:
10.1111/dmcn.14942]
[Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Submit a Manuscript] [Subscribe] [Scholar Register] [Accepted: 05/08/2021] [Indexed: 12/01/2022]
Abstract
OBJETIVO
Descrever as características clínicas e as melhores opções terapêuticas para cefaleia em salvas na idade pediátrica. MÉTODO: Com base em pesquisa bibliográfica nas bases de dados médicos PubMed, LiLacs e WoS e usando descritores selecionados, analisamos todos os relatos de casos de cefaleia em salvas em idade pediátrica publicados de 1990 a 2020.
RESULTADOS
Cinquenta e um pacientes (29 meninos e 22 meninas) com idade média (DP) de 9 anos e 7 meses (3 anos e 10 meses), variando de 2 a 16 anos, foram diagnosticados com cefaleia em salvas. O diagnóstico médio (DP) foi feito 27,8 meses (26,2 meses) após o início da cefaleia em salvas. A dor ocorreu à noite ou ao despertar (76,5%), uma a três crises por dia (62,7%), com duração de 30-120 minutos (68,6%), localizada unilateralmente (90,2%), de caráter pulsátil (64,7%) e intensidade severa (100%). Houve manifestações autonômicas (90,2%), predominantemente ipsilaterais à dor, nesta ordem: lacrimejamento, injeção conjuntival, congestão nasal, ptose, edema palpebral e rinorreia. Sumatriptano e inalação de oxigênio foram os tratamentos agudos mais eficazes. Na profilaxia, corticosteroides, verapamil e gabapentina foram os medicamentos mais eficazes. INTERPRETAÇÃO: Devido ao pequeno número de estudos publicados, esta revisão não foi capaz de fornecer dados confiáveis, mas parece que a cefaleia em salvas em crianças e adolescentes é semelhante à do adulto, tanto nas características clínicas quanto no tratamento.
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